capítulo 38.

Mariana: seu criminoso de merda - disse chorando e batendo nele mas o Júnior me puxou - 

François: fica feliz, porque a bala era pra você - disse debochado e o policial fechou a viatura -

Júnior: cade as crianças ?

Mariana: não sei, eu quero ver a Luana amor - disse chorando -

Júnior: calma, fica aqui que eu vou lá ver, calma - ele saiu -

Carlos: dona Mariana - venho até mim - as crianças estão ali em casa

Mariana: me leva até elas, por favor - ele assentiu e me acompanhou até a casa dele, a Carol estava lá com o Davi e o Vini, os meninos tinham ido com o Júnior ver a Luana, e as meninas quando me viram vieram correndo e chorando - 

Mia: mamãe a dinda ta dodói - disse chorando -

Isabella: o tio Fan machucou a dinda - disse chorando -

Mariana: calmem minhas filhas, a dinda vai ficar bem, tá ? - disse chorando e tentando acalmar elas -

Carol: amiga você tá muito nervosa, da elas aqui pra mim e o Vini

Vini: é Mari, e vai lá ver como a Lu tá, só assim seu coração vai se acalmar - eu respirei fundo e assenti, dei as meninas pra eles e corri pra fora, estavam colocando a Luana na ambulância e ver o estado dela me deixou completamente desesperada, o Júnior viu que eu estava ali e venho correndo até mim -

Júnior: você não tinha que tá vendo isso, Mariana - ele me abraçou tentando me tirar dali -

Mariana: JÚNIOR É A LUANA, ME DEIXA - eu me debatia tentando me soltar dele -

Júnior: eu sei que é a Luana, meu amor, mas calma - ele dizia ainda me segurando - 

Mariana: para Júnior eu vou com ela, me solta - disse aos prantos e ele me soltou, eu corri até a maca -

Dr: precisamos ir logo, alguém vai com ela ?

Mariana: eu, eu vou - respirei fundo -

Dr: me acompanhe então - eu assenti, colocaram ela na ambulância e eu entrei também -

Júnior: eu vou atrás de carro, só vou instalar o pessoal aqui - eu assenti, fecharam a porta da ambulância e partimos para o hospital (...) chegando no hospital, levaram ela direto para a sala de cirurgia, e o Júnior não chegava nunca, e eu ali naquela sala de espera, só sabia chorar e pedir que Deus não levasse a minha melhor amiga, depois de um tempo, o Júnior e o Pedro chegaram, quando eu vi eles, só sabia chorar mais, e eles me abraçaram -

Mariana: Deus não pode levar a Luana de mim, Júnior - disse aos prantos - 

Júnior: para meu amor, Deus não vai levar ela tá, fica calma 

Pedro: toma Mari - me deu um copo de água e eu tomei - a gente ligou pro tio Ricardo e pra tia Joana, eles vão vir pra cá - eu assenti - já te deram alguma informação - neguei com a cabeça - 

Júnior: então agora a gente precisa esperar, não tem jeito - lamentou - 

Mariana: ele disse que era pra ser eu - disse e voltei a chorar - esse cara é doente

Pedro: calma tá, acabou, ele ta preso, e a Luana vai sair dessa - eu respirei fundo e ficamos ali, orando e em silêncio esperando a cirurgia acabar (...) depois de umas 3 horas, a cirurgia acabou e o médico responsável venho falar conosco -

Dr: Familiares da Luana Lampert ?

Júnior: Somos nós - fomos até eles -

Mariana: então doutor, como ela tá ?

Dr: Bom, a Luana levou 3 tiros, todos nas costas - quando ele disse isso, meu coração parou e as lágrimas voltaram a rolar sobre o meu rosto -  dois na coluna e um superficialmente no pulmão

Mariana: e deu pra tirar doutor ? - disse chorando - 

Dr: sim, conseguimos retirar todas as balas - eu respirei aliviada e o Júnior me abraçou - mas ainda não sabemos se ficou alguma sequela, porque uma das balas estava em funda em uma das vértebras, então vamos ter que aguardar que ela acorde, a princípio ela está na UTI, em coma induzido

Mariana: e vai dar pra ver ela ?

Dr:  por enquanto não, mas assim que ela acordar eu permito a entrada, pode ser que demore, então eu aconselho vocês a irem para casa, até porque vai ser complicado de vocês ficarem aqui, tem muito jornalista lá fora, assim que ela acordar, eu me encarrego de ligar - o Júnior passou o número da assessoria dele, e ele e o Pedro me convenceram a ir para casa descansar, e assim, fui (...) na minha cabeça ainda não havia entrado tudo que estava acontecendo, e ter a minha melhor amiga naquela situação, me maltratava de diversas formas diferentes... quando chegamos na casa que o Júnior havia alugado novamente para que nós ficássemos, entrei em silêncio, não conseguia abrir a boca para falar com ninguém, Júnior me levou para o quarto, tomei um banho bem demorado e ali, chorei novamente, e também orei para que nada grave acontecesse com a Lu, porque eu jamais me perdoaria se acontece alguma coisa com ela... saí do banho, me enxuguei e coloquei uma roupa bem soltinha e leve, as meninas estavam dormindo, então eu fiquei ali, deitadinha -

Júnior: Mariana, você precisa comer alguma coisa - disse e colocou uma bandeja com suco e um misto na minha frente - 

Mariana: ah amor, eu não quero, não to com nada de fome - olhei para ele -

Júnior: mas tu precisa comer, amor, a gente tem que ficar forte pra cuidar da Luana, agora - eu respirei fundo e sentei na cama- come nem que seja um pouquinho 

Mariana: tá bom - dei uma mordida no misto e um gole no suco - 

Davi: tia - disse entrando no quarto -

Mariana: oi amor - coloquei a bandeja de lado e abri os braços para ele que venho até mim - 

Júnior: ô filho - deu um beijo na cabeça dele - você se alimentou ?

Davi: sim, pai, eu vim ver a tia Mari só porque eu tava preocupado com ela - eu e o Júnior nos olhamos e sorrimos fraco -

Mariana: a tia ta bem, amor, fica tranquilo tá ? - dei um beijo nele - 

Davi: e a tia Lu ? 

Júnior: a tia Lú tá no hospital, mas ela vai ficar boa logo, filho - o Davi sentou ao meu lado - 

Davi: o moço machuco ela pai, a gente tava brincando na piscina e ele machucou ela com a arma, três vezes - a gente se olhou - 

Mariana: vocês estavam na piscina, amor ?

Davi: sim, tia, ele surgiu do nada e perguntou por você, aí a Mimi e a Isa chamaram o nome dele e quando ele viu a tia Lu, machucou ela com a arma três vezes, aí o segurança entrou correndo porque a tia Lu tava caída no chão

Júnior: tá bom, filho, agora já passou tá ? - ele assentiu - em breve a tia Lu vai estar em casa também, filho

Mariana: é amor, fica calmo e tranquilo que daqui a pouquinho a tia Lu já vai estar de volta - sorri fraco -

Davi: tá bom tia - ele me abraçou de novo- descansa tá ? 

Mariana: tá bom, pode deixar - sorri, ele deu um beijo em mim e no Júnior e saiu, eu e o Júnior conversamos mais um pouquinho, eu dei mais umas mordidas no misto e acabei dormindo, pois estava muito cansada (...) acordei com as minhas pestinhas chamando:

Mia: mamãe - disse me balançando - acoda mamãe 

Mariana: mamãe acordou, filha - sentei na cama -

Isabella: a dinda codou mamãe - eu dei um pulo na cama -

Júnior: calma amor, calma - riu - se veste tá, vamos pro hospital, os pais da Lu chegaram e o doutor ligou pra avisar que ela acordou 

Mariana:t-ta, vou me vestir - me vesti voando com um abrigo e um moletom, calcei um tênis, dei um beijo nas minhas filhas e nós partimos para o hospital (...) chegamos lá, cumprimentei a tia Joana e o tio Ricardo que estavam ali já, mas como ela estava ainda na UTI, só podia entrar um por vez, até porque ela ainda estava com bastante dor, segundo o Doutor... os pais da Lu entraram, e depois fui eu, com toda a roupa e cuidados necessários, entrei e ela estava deitadinha na cama, peguei a mão dela e foi impossível não chorar - desculpa amiga, desculpa- disse chorando - 

Luana: desculpa pelo que, Mariana, para - disse lentamente - eu to viva, é isso que importa 

Mariana: como você tá ? muita dor ? - limpei o rosto e fiquei no campo de visão dela, que parecia imóvel, apenas os olhos dela mexiam- 

Luana: muita - ela disse com a voz embargada - mas tá tudo bem - ela respirou - 

Mariana: logo você vai estar em casa tá, te prometo - dei um beijo na mão dela -

Luana: tá bom, irmã, fica tranquila, eu to bem 

Dr: Mariana - entrou -  vamos deixar ela descansar ?

Mariana: tá bom - dei um beijo na testa dela - eu volto amanhã tá ?

Luana: ta bom, manda beijo pras minhas pintinhas 

Mariana: pode deixar - dei outro beijo nela e saí, tirei a roupa e a máscara e fui até o Júnior -

Júnior: e aí, como ela tá ?

Mariana: e-ela ta com dor, não sei, to com uma sensação estranha - disse com a voz embargada -

Júnior: para amor, para com isso - ele me abraçou - 

Dr: então - venho até nós - ainda é cedo para eu dar um veredito final, mas, vou aproveitar que estamos todos aqui e falar pra vocês as possíveis sequelas - meu coração apertou - 

Joana: pode ficar com sequela ?

Ricardo: alguma coisa grave doutor ?

Dr: A Luana levou 2 tiros que afetaram a coluna, a bala mais profunda, estava alojada em uma parte bem sensível e essencial - ele respirou - pode ser que a Luana fique paraplégica ou tetraplégica - quando ele disse isso, meu mundo desabou (...)