Capítulo 22.

14/09/2017; Domingo

Mariana ON

Alguns dias se passaram, e minha vida está um inferno, a imprensa mundial já esta ciente do que está acontecendo e eu simplesmente não consigo mais ter um dia de paz, nem as meninas estão indo mais para a escola, nada... já aconteceu a primeira audiência sobre a guarda das meninas e a última, com a decisão, é amanhã, eu nem quero pensar em nada, só quero aproveitar as minhas pintinhas, porque depois de amanhã eu não sei oque vai acontecer, e isso me deixa extremamente aflita... nesses dias que passaram, as meninas começaram a aceitar melhor o Júnior, agora elas passam 4 horas com ele, na casa dele, mas se passa disso elas já começam a chamar por mim, segundo o Pedro... meus pais e o Pedro, adiaram tudo no Brasil pra ficar comigo aqui em Paris, mas disseram que não queriam mais ocupar espaço meu e da Luana, então alugaram um apartamento por aqui no meu prédio mesmo, isso está sendo revigorante e estar com eles é reconfortante pra mim... O François se mostrou muito mais do que meu chefe nesses dias de turbulência, me dando total liberdade de ir trabalhar quando eu quiser, e todos os dias ele passa aqui em casa pra me ver nem que seja por 10 segundos... Hoje, as meninas foram com o Pedro passar o dia na casa do Júnior, nos falamos na audiência, e somente o necessário, eu tô tentando levar as coisas da melhor forma, mas está realmente dificil de digerir tudo isso... as meninas andaram convivendo com a namorada do pai delas, e o Pedro falou que elas não gostam dela, pra mim, elas chamam de "bruxa", mas eu tento fazer com que elas não façam assim, porque o Júnior pode alegar que elas fazem isso por que eu mando e isso não vai ser legal nem pra audiência amanhã (...) meu domingo foi de total breu, meus pais foram passear, eles merecem né?!, a Luana está com os colegas de serviço, Pedro e as meninas no Júnior e eu sozinha, estava na sala deitada quando a campainha tocou, abri a porta e era o François:

François: olá - disse com uma caixinha de chocolates na mão -
Mariana: oi Fran, entra - sorri e dei passagem pra ele -
François: vim com a única missão de te fazer relaxar um pouco antes de amanhã
Mariana: eu tô relaxada, já sei o resultado, só tô tentando aceitar da melhor forma - sentei - senta aí
François: tudo sempre se resolve no final - ele sorriu - trouxe presente - me entregou a caixinha com chocolate -
Mariana: obrigada, Fran - sorri- você tem sido um amigo e tanto - abracei ele fortemente -
François: sou só amigo porque você quer, né - desfez o abraço -
Mariana: já conversamos sobre isso muitas vezes, minha vida tá uma bagunça, estou prestes a perder a guarda das minhas filhas, a imprensa não para de ligar querendo entrevista minha, eu não tenho me alimentado, não tenho saído de casa - respirei fundo - perdi até o raciocínio - ele riu levemente -
François: eu tô aqui por você e sempre vou estar, viu ? - ele me abraçou novamente e algumas lágrimas caíram sobre  o meu rosto, ficamos ali conversando e por um momento até esqueci oque estava por vir (...)

Mariana OFF

Júnior ON

Hoje, as minhas meninas e o Pedro vão vieram passar o dia comigo, nesses dias que passaram elas tem ficado mais tempo comigo, estão muito adaptadas e meu coração tá super feliz ... a primeira audiência de guarda das meninas já aconteceu, e meu advogado disse que é quase que causa ganha, amanhã tem a audiência da decisão do juíz e eu estou bem dividido sobre tudo isso acontecendo, eu não sei oque vou fazer, mesmo se ganhar a guarda delas, eu não quero que elas sofram e estou tentando achar um jeito de tudo isso se resolver da melhor forma para elas, já que agora não tenho mais como voltar atrás... as meninas já estão bem aceitavelmente adaptadas aos meus pais, Rafa e os meninos, a única que elas realmente não vão muito ainda, é a Bruna, mas aí tenho certeza que tem uma mão inteira da mãe delas nisso... Carol ficou uns dias aqui com o Davi, e eles se conheceram, foi a cena mais emocionante da minha vida, agora sim minha vida e tudo que eu conquistei tem sentido novamente, com o Pedro, evito falar da Mariana, mesmo que o arrependimento tenha batido em mim em relação a guarda das meninas, e mesmo que eu me preocupe inteiramente com o bem estar das minhas filhas, eu realmente ainda nao consigo falar dela... agora, enquanto as meninas dormem, o Pedro e eu estamos aqui conversando:

Pedro: irmão, você sabe que eu te entendo em tudo, sabe que eu também fiquei muito puto com a Mariana, você sabe - eu assenti - mas eu preciso te falar uma parada que eu to guardando aqui pra mim, e eu não quero que você me leve a mal ou fique sei lá - deu de ombros - amanhã provavelmente minha irmã vai perder a guarda das meninas pra você, e a única coisa que eu te peço é que, você não proíba ela de ver as meninas, se você não quer pensar nela, pensa na Isabella e na Mia
Júnior: irmão, eu jamais faria minhas filhas sofrer - dei de ombros - eu não to fazendo isso no intuito de que tua irmã sofra, na verdade eu fiz sem pensar - respirei fundo - mas fica tranquilo que eu jamais vou fazer mal as pequenas, jamais mesmo
Pedro: eu espero que vocês se resolvam da melhor maneira, de verdade
Júnior: eu também espero, irmão - respirei fundo -nossas meninas não vão sofrer irmão - demos um toque e continuamos conversando, logo o Pedro foi embora com as meninas e eu, aflito, fiquei deitado e minha cabeça só pensava na audiência de amanhã (...)

Júnior OFF

Mariana ON

15/09/2017; segunda- feira

Acordei de manhã cedinho, a audiência estava marcada para as 8 da manhã, nem tomei café, apenas tomei um banho, me arrumei e fui no quarto das meninas que ainda dormiam, dei um beijo em cada uma e desci, a Luana estava acordada já também:

Luana: oi amiga - me abraçou - como você está ?
Mariana: nem sei Lu - respirei fundo, a campainha tocou fui abrir a porta, eram os meus pais e o Pedro -
Kiara: vamos filha ? - assenti -
Pedro: te amo viu ? fica firme - me abraçou e deu um beijo na testa e eu assenti -
Mariana: tentem não chorar na frente delas tá - disse pra Lu e pro Pedro e eles assentiram -
Luana: vai dar tudo certo amiga, e se não der, a gente vai estar aqui como sempre - eu assenti -
Antony: vamos né filha - assenti e fomos saindo, fui o tempo todo calada, do elevador ao estacionamento, do estacionamento ao tribunal, não dei uma palavra, apenas com a minha advogada quando chegamos lá, a primeira parte da audiência foi demorada, eu sentia um aspecto de arrependimento no Júnior mas não conseguia olhar muito pra ele, que eu queria chorar (...) depois do recesso, voltamos e o juiz nem enrolou muito e deu a sentença que eu já esperava, a guarda das minhas filhas agora era do Júnior, meu chão desabou, mas eu não chorei, fui firme, só não conseguia olhar na cara do Júnior e nem queria, levantei e saí daquela sala sem rumo, e sem saber oque vai ser de mim sem as minhas filhas, como que vão ser as coisas, como que eu vou fazer, meus pais me deixaram quieta, eu percebi que naquele momento, nem tinha oque falar, eu estava tão sem chão que não conseguia nem chorar, nem nada, sentei na cadeira que havia do lado de fora do tribunal, quando a porta da sala abriu, era o Júnior saindo, ele estava indo embora mas deu meia volta e parou na minha frente:

Júnior: Mariana - eu respirei fundo interrompendo a fala dele- 

Mariana: já to indo Júnior, não precisa me falar nada - levantei a cabeça engolindo o choro - j-já to indo 

Júnior: mas Mariana - eu interrompi novamente -
Mariana: Júnior, por favor - ele respirou fundo e saiu -  

Kiara: minha filha, solta essa tristeza, não precisa bancar a forte - disse parando na minha frente -

Mariana: vamos pra casa mãe, preciso arrumar as coisas delas - levantei e fui indo até o meu carro, meus pais não falavam nada e eu menos, nem me despedi da minha advogada, só queria chegar logo em casa, fomos o caminho todo em silêncio, quando chegamos o Júnior já estava lá na frente esperando com o tio Neymar e a tia Nadine, estacionei o carro, desci, meus pais desceram, acionei o alarme do carro e fui até eles - e-eu não sei se vocês querem entrar 

Júnior: eu quero conversar com você
Mariana: p-pode falar - disse e olhei pra ele -
Júnior: mãe, pai, tia e tio, se vocês puderem nos dar uma licença - eles assentiram e saíram -
Mariana: p-pode falar - olhei pra ele com os olhos marejados -
Júnior: eu não posso fazer isso - disse e começou a chorar - não posso fazer nossas filhas sofrerem desse jeito, você pode ter todos os defeitos do mundo mas eu não posso negar que você é uma ótima mãe - ele respirou fundo e eu olhava pra ele com lágrimas correndo dos olhos e incrédula - a gente pode resolver isso como dois adultos e da melhor forma para elas, e é isso que a gente vai fazer, eu não vou levar elas de você, porque elas não tem que ser só minhas ou só suas
Mariana: v-você tá falando sério, Júnior ? - disse chorando e ele assentiu - o-obrigada Júnior, muito obrigada - levei as mãos ao rosto chorando muito -
Júnior: eu não acho que a gente precise sofrer, que as meninas precisem sofrer, eu tô disposto a dividir a guarda delas com você amistosamente, porque é assim que eu acho que finalmente a gente vai por um ponto final no sofrimento dessa história toda
Mariana: eu faço da forma que você quiser, Júnior - disse eufórica e limpando as minhas lágrimas -
Júnior: então a gente pode dividir, 15 dias com você e 15 dias comigo, a gente divide tudo, decide tudo juntos, e assim eu acho que elas vão ficar mais felizes e nós dois também
Mariana: tá ótimo, Júnior - respirei fundo - eu nem sei se eu mereço que você faça isso, mas muito obrigada por pensar nelas, e mais uma vez, me perdoa - tornei a chorar - me perdoa de verdade por tudo nesses 4 anos - respirei fundo -
Júnior: eu tô fazendo por elas, porque eu sei que elas vão ser muito mais felizes se nós convivermos em paz, então fica tranquila, a partir de hoje, a gente pensa apenas nelas e na felicidade delas - eu assenti e ficamos em silêncio - então é isso - ele respirou fundo - eu não vou levar elas hoje, posso pegar elas amanhã e aí começam meus 15 dias
Mariana: tudo bem, Júnior, você que sabe, a guarda legal delas é sua - ele assentiu -
Júnior: posso entrar e dar um beijo nelas ?
Mariana: claro que pode - eu limpei o rosto e o Júnior chamou nossos pais -
Júnior: eu vou dar um beijo nelas e aí a gente vai embora viu - disse pros pais dele -
Kiara: como assim ?
Nadine: não me diz que vocês se acertaram em relação a elas - disse eufórica -
Júnior: sim mãe, a gente vai dividir a guarda delas
Antony: ô juninho - abraçou ele - eu sabia que vocês iriam se acertar, sabia - desfizeram o abraço -
Neymar: to muito orgulhoso, meu filho, que bom que você pensou nas suas filhas, que bom
Júnior: só quero elas bem, pai - respirou fundo - eu só vou ali dar um beijo nelas e já volto
Nadine: tá bom meu filho - ela venho até mim - minha filha - me abraçou - to feliz por você como mãe, viu ? você sempre vai ser parte do meu coração, sempre - desfez o abraço -
Mariana: obrigada, tia - sorri - vamos, Júnior - ele assentiu e entramos no meu prédio, pegamos o elevador e ficamos em silêncio até chegar no meu andar, chegando, abri a porta e a Luana e o Pedro estavam sentados aflitos no sofá, enquanto a Mia e a Isabella brincavam, mas quando nos viram, vieram correndo para nós -
Isabella: papai tum a mamãe, Mimi
Mia: mamãe, puque u papai tá ati ?
Júnior: o papai venho dar um beijo em vocês
Isabella: aé papai ? - ele assentiu -
Mariana: é que o papai estava com saudade de vocês, filha
Mia: tabeim tava papai - abraçou ele -
Isabella: tabeim tava papai - abraçou ele também e ele levantou com as duas no colo -
Luana: oque ta acontecendo gente ?
Pedro: como que ficaram as coisas ?
Júnior: vamos dividir
Mariana: 15 dias com o Júnior e 15 dias comigo
Pedro: graças a deus - venho até mim e me abraçou -
Luana: que bom que finalmente o pesadelo acabou
Júnior: só quero elas bem - deu um beijo em cada uma - amanhã o papai vem pegar vocês tá ? - elas assentiram e ele soltou elas no chão - esperem o papai de tarde que o papai vai vir
Isabella: tá bom, papai
Mia: a buna num ta lá né ? - ficamos sem jeito -
Júnior: não filha, não tá não
Isabella: eba - fez cara de nojo- vamo bintar mimi - ela pegou a mãozinha da Mia e elas voltaram a brincar -
Júnior: vou lá porque meus pais estão esperando, tchau gente - acenou pro Pedro e pra Luana e eu o acompanhei até a porta -
Mariana: obrigada, de novo - ele ficou me olhando -
Júnior: paz, Mariana - me estendeu a mão e eu apertei - pelas nossas filhas
Mariana: paz pelas nossas filhas - apertamos as mãos e depois soltamos e ele pegou o elevador e foi embora (...)

oi.

esse capítulo marca a paz, será ?

e aí, oque vocês acham que vai acontecer daqui pra frente ?

comentem muito, lavem as mãos e fiquem em casa

beijos ♥